IX Seminário Integrado Linguagem e Cognição (VIII SILC) - "Normatividade": 27 de junho de 2019


No dia  27 de junho será realizada a nona edição do Seminário Integrado Linguagem e Cognição (IX SILC) - "Normatividade"! Contaremos com a presença do Professor Dr. Marcos Silva, da UFPE, assim como apresentações de estudantes do mestrado da UFAL, UFPE e PUC-Rio, além dos alunos participantes do Grupo de Pesquisa Linguagem e Cognição (UFAL/CNPq).

O evento ocorrerá no Miniauditório do Curso de Filosofia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a partir das 13h, e terá inscrições no local.

Confira abaixo a Programação e os Resumos das Apresentações.

Programação:

13h: 'SATZ' COMO 'BILD' E 'SATZ' COMO 'MAßSTAB': O DESENVOLVIMENTO DE UMA METÁFORA
Prof. Dr. Marcos Silva – UFPE

14h: ATOS DE FALA E O PROBLEMA DE COHEN
Euclides Barbosa – UFPE

14h30: DETERMINAÇÕES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS MATEMÁTICAS EM ARISTÓTELES
Rafael Cavalcanti de Souza – UFPE

15h: A RADICALIDADE DA WELTBILD: UMA CRÍTICA AO CONCEITO DE JOGO DE LINGUAGEM
Hugo Ribeiro Mota – UFPE

15h30: ASPECTOS NORMATIVOS DA CONTRADIÇÃO: WITTGENSTEIN E A FILOSOFIA DO DIREITO
Cinthya Fernandes – UFAL

16h: A FUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO NATURAL EM JOHN FINNIS : OS BENS BÁSICOS HUMANOS
Rogério Braga Matta Jr.  – UFAL

16h30: UM DELATOR DO DISTANCIAMENTO ENTRE ABSTRAÇÃO E REALIDADE: O RISO, POR SCHOPENHAUER E A COMÉDIA DE ARISTÓTELES
Samuel Barros – UFAL

17h: EMPATIA E UMA NOVA ABORDAGEM NA ÉTICA ANIMAL
Michaele Santos - UFAL

17h30: É A LINGUAGEM UM OBSTÁCULO AO ENATIVISMO RADICAL (REC)?
Iana Cavalcanti – UFPE

18h: O FUNCIONAMENTO DOS EXPERIMENTOS DE PENSAMENTO: UMA PROPOSTA DE COOPER FRENTE A “DÚVIDA RADICAL” CARTESIANA
Danilo Calheiros – UFAL

18h30: HIBRIDISMO EM METAÉTICA E A ANALOGIA ENTRE TERMOS MORAIS E PEJORATIVOS
Luiz Henrique da Silva Santos – PUC- Rio

Resumos:

'SATZ' COMO 'BILD' E 'SATZ' COMO 'MAßSTAB': O DESENVOLVIMENTO DE UMA METÁFORA
Prof. Dr. Marcos Silva – UFPE

Uma característica que torna a língua alemã filosoficamente atraente é a impressão comum de que, nela, parece haver uma palavra para cada nuance de sentido. Podemos observar, contudo, que muitas noções centrais para a Filosofia de Wittgentsein são palavras alemãs vagas ou ambíguas: como 'Satz', 'Bild', 'Deutung', 'Spiel', 'Maßstab' etc. Esta contribuição defenderá que esta polissemia pode ser também filosoficamente relevante. Para tanto, vamos tomar como exemplo a evolução da metáfora de réguas (Maßstäbe). Esta foi apresentada marginalmente no Tractatus (1918) para ilustrar como determinamos o sentido de proposições (significativas). A partir de 1929, após alguns problemas lógicos acerca do estatuto da necessidade e da exclusão em alguns domínios linguísticos (como na atribuição de cores a pontos visuais e de graus a qualidades empíricas), a metáfora de réguas toma gradualmente a centralidade da discussão. Nesta palestra, investigaremos, dentre outras coisas, como e por que esta metáfora motivou a emergência das discussões de normatividade na Filosofia de Wittgenstein no começo da década de 1930. Isto pode ser explicado porque réguas (Maßstäbe) não são só instrumentos de medida, mas também são objetos de referência. 'Maßstäbe', em alemao corrente, significam, muitas vezes, critérios ou regras, largamente convencionais, pelos quais outras coisas são avaliadas.

ATOS DE FALA E O PROBLEMA DE COHEN
Euclides Barbosa – UFPE

A Pragmática Linguística se revela como um estudo recente e muito revelador no que concerne ao estudo da significação dentro da linguagem e do aspecto normativo humano. Dentro dela encontramos os Atos de fala, introduzidos pelo filósofo John Austin, os quais mostram que a linguagem não funciona apenas passivamente (função constatativa), descrevendo o mundo, mas também de forma ativa (função performativa), criando fatos nele se valendo somente do proferimento de proposições em si, independentemente de como ocorra. Por isso, não é coerente se perguntar se esses atos correspondem ou não à realidade, mas sim se preocupar se eles são ou não adequados à situação a qual eles mesmos deram origem. Para que isso ocorra, Austin define que os performativos possuem uma força ilocucionária que caracteriza o efeito do ato, a depender de quem fala, quem ouve, onde ocorre e muitos outros fatores. L. J Cohen o critica afirmando que esse novo conceito de força se revela ocioso, uma vez que ela já funcionava na prática humana de forma intrínseca, mas William Lycan rebate mostrando que a contribuição de Austin evita muitas ambuiguidades durante uma conversação. Porém, ao mesmo tempo Lycan encontra um suposto paradoxo que chamou de Problema de Cohen, no qual um enunciado constatativo perde seu caráter de comprometer factualmente o falante quando ele o inicia com um prefácio performativo. Sendo até hoje um impasse sem desfecho satisfatório, será mostrada uma resposta inspirada na obra On Denoting de Bertrand Russell e a solução que deu ao pseudoparadoxo dos Inexistentes aparentes.

DETERMINAÇÕES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS MATEMÁTICAS EM ARISTÓTELES
Rafael Cavalcanti de Souza – UFPE

Eu examino a descrição feita por Aristóteles acerca das determinações metodológicas da matemática exposto nos Analíticos Segundos e relacionando alguns aspectos com o conceito de seguir regras. Aristóteles é o primeiro opositor ao platonismo da filosofia da matemática, segundo ele, o platonismo vai contra o senso comum e apenas torna obscuro como a matemática pode, em algum sentido, ser relacionável aos objetos sensíveis. Entretanto, pouco mais do que essas críticas são o que temos acesso sobre o pensamento aristotélico acerca da matemática, assim, há muito pouco consenso sobre sua proposta positiva (SHAPIRO, 2000). Alguns autores encontram nas noções, expostas em Metafísica M 3, de que os objetos da matemática são “determinados pelo método” e são “como dizem os matemáticos” motivações para estudos mais simpáticos a Aristóteles e o aproximam de leituras intuicionistas, fiscalistas e ficcionalistas (de base fisicalistas) da filosofia da matemática. O que há de comum em todas essas correntes é alguma relação entre objetos sensíveis e os objetos da matemática. Esse presente trabalho possui a mesma motivação: entender como os objetos da matemática podem se relacionar com os objetos sensíveis por meio do processo de abstração. A noção de seguir regras no processo de determinação metodológico das ciências matemáticas em Aristóteles será usada para compreender a formulação aristotélica dos processos de adição (na aritmética) e definição de figuras (na geometria), enquanto operações lógicas do processo de abstração.

A RADICALIDADE DA WELTBILD: UMA CRÍTICA AO CONCEITO DE JOGO DE LINGUAGEM
Hugo Ribeiro Mota – UFPE

Críticas comuns ao famoso conceito de jogo de linguagem [Sprachspiel], presente nas Investigações Filosóficas (1953) de Ludwig Wittgenstein, acusam-no de uma falta de base normativa, levando portanto a um relativismo. Na perspectiva de Habermas, Wittgenstein não levou em conta a relação entre significado e validez ao tratar da relação ‘linguagem-mundo’, ou seja, a validez veritativa foi tomada como irrelevante para a compreensão do significado linguístico ― ao relacionar a validade das convenções de significado com a validez social de costumes e instituições e equivaler as regras gramaticais de jogos de linguagem a normas de sociedades, “ele lança fora qualquer tipo de validez que transcenda o jogo de linguagem” (HABERMAS, 1990, p. 118). Posicionando-me enquanto contrário a essa popular crítica, compreendo que o conceito de jogo de linguagem não deve ser entendido de modo a retirar a objetividade das regras ou normas que o constitui, reconhecendo assim nesse conceito uma forma de normatividade consistente e importante para o pensamento pragmatista Wittgensteiniano. Acredito, porém, ser possível apontar insuficiências: o jogo de linguagem não abarca a vida em seu sentido radical, derradeiro, fundamental. Creio que essa lacuna pode ser preenchida a partir de Sobre a Certeza (1969). A partir do conceito de imagem de mundo [Weltbild] presente na obra, proponho uma abordagem (existencialmente) mais radical. Pretendo continuar nesse caminho, primeiro avaliando a pertinência e acuidade das críticas tradicionais ao conceito de jogo de linguagem, a fim de, em seguida, elaborar uma possível nova crítica, propondo então uma saída a partir do próprio pensamento Wittgensteiniano, centrando-me no conceito de imagem de mundo.

ASPECTOS NORMATIVOS DA CONTRADIÇÃO: WITTGENSTEIN E A FILOSOFIA DO DIREITO
Cinthya Fernandes – UFAL

Utilizando de metáforas de jogos para criticar os formalistas, Gottlob Frege (1903) abordará uma contradição em um sistema formal a partir de um conjunto de autorizações e proibições de movimentos do jogo. Influenciado por sua leitura, Wittgenstein (1979) não só utilizará metáforas de jogos para compreender sistemas lógicos, como desenvolverá sua própria concepção de contradição entendida como regras conflitantes. No direito, Hans Kelsen (1979) abordará a contradição a partir de um conflito entre duas normas válidas que nada tem em relação com uma contradição lógica. Diante desse debate, uma pergunta se mostrará central em nossa apresentação: O que fazemos diante de uma contradição? A partir dessa pergunta, pretendemos apresentar o caráter normativo de uma contradição tanto no âmbito da lógica, a partir da concepção wittgensteiniana entendida como regras conflitantes, quanto a de Kelsen, mais especificamente compreendida como normas conflitantes.

A FUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO NATURAL EM JOHN FINNIS : OS BENS BÁSICOS HUMANOS
Rogério Braga Matta Jr.  – UFAL

O debate sobre o Direito Natural diante da insuficiência metodológica do Direito Positivo em responder questões de impacto moral não encerra com o feito de John Finnis, filósofo doutorado em Oxford com o positivista Herbert Hart, pelo contrário, inicia-se a partir do rebuscamento dessa espécie de direito. Para entender melhor a fundamentação ética dos direitos humanos trazidos pela obra de Finnis, pretendo abordar cada um dos bens que o filósofo chama de “bens básicos humanos”, quais sejam: a vida, o conhecimento, o jogo, a experiência estética, a sociabilidade, a razoabilidade prática e a religião. Para Finnis, cada bem básico é em si irrefutável no sentido de que possuem contradição performática na tentativa de refutação, onde tal tentativa os reafirmaria automaticamente.

UM DELATOR DO DISTANCIAMENTO ENTRE ABSTRAÇÃO E REALIDADE: O RISO, POR SCHOPENHAUER E A COMÉDIA DE ARISTÓTELES
Samuel Barros – UFAL

Neste trabalho, investigaremos brevemente a teoria da incongruência ao qual reflete o “risível e riso” dentro da obra “O mundo como vontade e representação” de Schopenhauer. Percebemos que o riso traz um alinhamento entre pensamentos abstratos e realidade, diminuindo os erros das expectativas normativas, diante dos padrões mentais. Na Poética de Aristóteles encontramos que a comédia é a mimese de homens inferiores. Diante disso, pretendo mostrar que Schopenhauer estaria ressignificando o papel do riso, colocando homens inferiores numa posição superior, quando estes riem da razão que idealiza o mundo e se distancia do mundo real.

EMPATIA E UMA NOVA ABORDAGEM NA ÉTICA ANIMAL
Michaele Santos - UFAL

Esta pesquisa tem o objetivo de abordar uma nova perspectiva acerca de nossa relação com os direitos dos animais dentro do contexto da ética prática. Levando em consideração que as abordagens mais tradicionais e conhecidas acabam apelando ao conceito de pessoa e com isso tentando uma aproximação contraintuitiva dos animais aos seres humanos, no sentido de conferir àqueles aspectos pertencentes à estes, neste trabalho o objetivo é assumir as diferenças fundamentais entre ambos e, justamente, a partir destas diferenças, apelar à noção de empatia como elemento primordial na nossa relação com a vida dos animais. Assim, ao invés de focar no Direito animal, vamos priorizar o nosso Dever para com eles. Como suporte teórico para esta nova abordagem iremos recorrer a Ética do Cuidado que, ao privilegiar o conceito de empatia, parece nos fornecer uma base sólida e mais conveniente para o tratamento ético da nossa relação com os animais.

É A LINGUAGEM UM OBSTÁCULO AO ENATIVISMO RADICAL (REC)?
Iana Cavalcanti – UFPE

Investigar a natureza da mente tanto por uma metodologia top-down (cima para baixo) como por uma metodologia bottom-up (baixo para cima) tem seus problemas. Isto é, quem quer explicar a mente a partir de seus aspectos mais complexos como a cultura e a linguagem para os aspectos mais básicos, como aqueles que compartilhamos com os organismos mais simples, enfrenta sérias dificuldades em mostrar como exatamente um emerge do outro. Da mesma maneira, quem se propõe investigar dos aspectos básicos para os espectos mais complexos, comunente relacionados como próprios da espécie humana, encontra dificuldades em ser preciso de como acontece essa relação. Alguns autores acreditam que há, neste caso, um “gap explicativo" em que esse ponto não poderia ser demonstrado. Hutto e Myin (2017) defendem que é possível cognição básica sem conteúdo mental. Para dar conta do problema de explicar a transição entre a mente básica e a mente com conteúdo, defendem que uma vez a mente possui linguagem, possui cultura e conteúdo. Daniele Moyal-Sharrock (2019) apresenta pontos em que problematizam a posição do Hutto e do Myin, discutindo a capacidade de outros animais de apresentarem comportamentos que indicam condições de satisfações, assim como crianças pré-linguisticas. Além disso, a autora levanta a posição de Wittgestein em que a linguaguem é uma outra maneira de agir no mundo, diferindo dos outros comportamentos animais e instintivos apenas em relação de grau. Nesta apresentação, vamos discutir objeções comuns ao REC utilizando a linguagem como um aspecto não tão bem explicados para sua proposta, e discutir as observações da Sharrock em relação aos problemas da tese do Hutto e do Myin sobre a relação da linguagem com o conteúdo representacional na mente humana.

O FUNCIONAMENTO DOS EXPERIMENTOS DE PENSAMENTO: UMA PROPOSTA DE COOPER FRENTE A “DÚVIDA RADICAL” CARTESIANA
Danilo Calheiros – UFAL

Este estudo pretende explicar o funcionamento dos experimentos de pensamentos, mostrando sua relevância para o desenvolvimento de teorias filosóficas e cientificas. Isso porque alguns experimentos concretos podem ser antiéticos, ou impossíveis de serem realizados na prática. Nessa acepção, compreender como eles funcionam podem permitir que os filósofos utilizem com mais rigor e obtenha um resultado consistente. De acordo com Cooper (2005), em um experimento de pensamento, parece que podemos partir de uma posição de ignorância, sentar e pensar, e obter novos conhecimentos, apesar da inexistência de novos dados empíricos. Ela coaduna com a ideia de que ao realizarmos um experimento de pensamento, ajustamos a nossa visão de mundo, a fim de construir um modelo de acordo com as respostas a essas perguntas “e se?”. É nesse ínterim que procurarei analisar os argumentos cartesianos ao assumir em suas Meditações metafísicas (1641) ter realizado a “dúvida”, que de tão exacerbada, ficou conhecida como dúvida radical ou hiperbólica. Poderia Descartes realizar essa dúvida radical efetivamente na prática? Ou deveríamos compreender que o filósofo francês tenha utilizado a “dúvida radical” como um método didático, características de um experimento de pensamento? 

HIBRIDISMO EM METAÉTICA E A ANALOGIA ENTRE TERMOS MORAIS E PEJORATIVOS
Luiz Henrique da Silva Santos – PUC- RIO

O debate sobre a natureza do significado de termos morais dividiu, tradicionalmente, duas concepções antagônicas em metaética. Por um lado, o cognitivismo estabelece que o significado de sentenças morais não difere, em essência, do significado de qualquer outra sentença descritiva, que teria por conteúdo uma crença passível de ser verdadeira ou falsa. Já a posição expressivista defende que o significado de termos morais e descritivos é essencialmente diferente. Esta visão prioriza o aspecto motivacional do juízo moral e afirma que sua significatividade não depende de crenças, mas de atitudes conativas (sentimentos, emoções). Assim como cada uma destas correntes tem suas vantagens, cada uma deve também enfrentar problemas específicos. Uma posição híbrida em metaética procura aliar aspectos das visões cognitivista e expressivista, com o objetivo de superar as dificuldades que ambas enfrentam isoladamente. Para o hibridismo, portanto, termos morais teriam um uso dual, expressando ao mesmo tempo um conteúdo descritivo e uma atitude conativa de aprovação ou reprovação. Para elucidar este uso, defensores desta abordagem atestam que termos morais funcionam como insultos étnicos e raciais, estes últimos compostos por um conteúdo descritivo neutro e uma atitude derrogatória. Mark Schroeder (2009), contudo, aponta um problema relacionado à relatos de crença envolvendo pejorativos que compromete o que o autor chama de “A Grande Hipótese” hibridista. Exploraremos esta discussão com o objetivo de analisar criticamente a proposta de Ryan Hay (2013), em sua tentativa de superação do problema colocado por Schroeder a partir da distinção entre diferentes tipos de pejorativos.


O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) convida para o Workshop "Normativity & Social Cognition". O evento será bilingue e haverá Certificado de participação.

Data & Horário: 13 de junho de 2019 (5ª-feira), das 10h às 17h30
Local: Auditório do Departamento de Filosofia (15° andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFCH/UFPE)

Programação:

10h-12h – Session 1 - Normativity

Normativity in the Revision of Logic: A Neo-Pragmatist Proposal
Marcos Silva (Universidade Federal de Pernambuco) 

The Power of the Unconscious: The Role of Unconscious Thinking in Decision Making
Tárik Prata (Universidade Federal de Pernambuco)

Three Arguments on the Normative Commitments of Naturalized Epistemology
Fábio Tenório (Universidade Federal de Pernambuco) 

12h-14h: Lunch

14h-15h30: Session 2 - Empathy

The Role of Emotions in Legal Decisions and the Cultivation of Empathy in Martha Nussbaum's Poetic Justice
Julieve Sievers (Universidade Federal de Alagoas) 

The Trouble with Empathy: Between First and Second Standpoint
Filipe Campello (Universidade Federal de Pernambuco) 

15h30-16h: Coffee-Break

16h-17h30: Session 3 - Knowledge and Politics

Agnotology: Ignorance Production and 'Intersectional Hate' as the Epistemic Project of the New Global Right
Cynthia Hamlin (Universidade Federal de Pernambuco) 

Politics, Credibility and the Will to Truth